domingo, 8 de junho de 2008

Now!


Uma leve passeada pela internet me rendendo mais uma vez a textos sobre sustentabilidade (que talvez já tenha enchido o saco das pessoas, mas é de imediata necessidade ter conhecimento e adotar), comecei a procurar marcas nacionais de moda que seguem padrões sustentáveis, e a primeira pergunta surgiu: Como saber se estou comprando uma peça de roupa que tenha sido produzida sem afetar o meio ambiente?

Sim, as empresas que aderem esse sistema privam por divulgar o que estão fazendo, então, normalmente as informações serão bem explícitas e, sem dúvidas, o preço também será relevantemente mais caro, em torno de 30% a mais, mas... Não existe nenhum selo que ateste e garanta a procedência do material? Foi então que descobri a NOW (Natural Organic World).

Pertencente à empresa têxtil Coexis P&D Ltda., o selo aprova a origem orgânica da matéria-prima produzida sob normas e procedimentos sócio-ambientais idôneos, que são inspecionados por institutos internacionais de certificação orgânica.

O interessante é a adoção da agricultura familiar, sendo tudo cultivado e colhido a mão em sistema de escala de produção humana realizada por dezenas de pequenas propriedades rurais espalhadas pelo Brasil.

Uma iniciativa bárbara que promete ter cada vez mais empresas aderindo, reduzindo custos e sem dúvidas, aumentando a qualidade do que é adquirido. Sem culpa e consciente!

terça-feira, 27 de maio de 2008

Senta, que lá vem tendência!


O corre-corre fashion vai começar, e quem dá o ponta pé inicial na nova temporada, é a Casa de Criadores que entre os dias 28 e 30 deste mês, no shopping Frei Caneca, em SP, vai mostrar o que os novos talentos nacionais prepararam para a próxima estação.

Não importa que a impressão é de que ainda estamos no verão, final, a moda não pode parar enquanto a natureza tropeça em problemas no percurso, assim você vai poder usar o 2009 em 2008 e ainda sair de “descolada”.

Quem vem por aí? Bom, as portas se abrem com a intervenção performática do coletivo Tuticofusi; e depois é a vez de Gustavo Silvestre com seus vestidos brilhantes e um trabalho especial com estamparia. Walério Araújo promete um gostinho de alta costura.

Para o segundo dia, a P’tit investe na espiritualidade; Athira Gomes volta ao carnavalesco dos anos 30 em cores e formas; e João Pimenta foca no streetwear masculino.

O terceiro dia vai ter a presença da marca Gêmeas com peças de inspiração nas poetisas e escritoras da década de 70; em seguida, a estreante Purpure mostra um beachwear sofisticado.

Enquanto isso vamos esperar que o inverno dê as caras para que as coleções possam sair das prateleiras para a entrada desses novos desejos de consumo.

Foto: Look da coleção de João Pimenta

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Com excessos, por favor!



A ditadura da moda que acaba cada dia mais com o psicológico não só das adolescentes, mas de todos, na busca por um corpo magro, ou melhor, magérrimo, entra em confronto com uma celebridade com ótima “pegada fashion”, Beth Ditto.

Vocalista da banda Gossip, a nova “it girl” não faz o estilo “pele e osso”, ao contrário, ela sustenta sua imagem em vários quilos a mais, esbanjando estilo e conhecimento sobre moda, sendo mais que elogiada pela crítica.

Entre conflitos com a balança e roupas com um duvidoso caimento em “pessoas comuns”, Beth opta por algo na contramão deixando todas as mulheres enlouquecidas. Questão de personalidade!

Para aqueles que duvidam, basta conferir o recheio da nova edição da revista Nylon, com direito a uma incrível sessão de fotos da cantora.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Moda em curta-metragem



Já que tudo acaba na cópia e a indústria da moda cresce em ritmo acelerado, o diferencial é o que vende, mas, não só de novas peças vive o mercado, uma boa dose de marketing inovador conta muito.

Um bom exemplo é a marca paulistana D’Arouche, que com apenas um ano no mercado já conseguiu grande visibilidade por integrar o figurino do filme Sex and the City, mas não fica por aí. A marca acaba de por em prática o projeto de desenvolver um curta-metragem para divulgar seus produtos.

Com direção, roteiro e montagem de Dacio Pinheiro em parceria com a Piloto, a estrela é Cassia Ávila, que interpreta uma mulher elegante e sexy com aroma setentista. Como cenário, a suíte presidencial o hotel Ca’d’oro.

Para os ansiosos a notícia é boa, a estréia do curta será em julho, com direito a festinha de estréia na própria suíte do hotel.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Tico-tico no fubá




Quando na década de 40 as pessoas se perguntavam “o que é que a baiana tem?” ao som de Carmem Miranda, a resposta seria “tem graça como ninguém”, afinal, seu estilo único chamava a atenção por criatividade e exagero.

Praticamente seis décadas depois o mundo da moda se divide em opiniões, mais uma vez, por conta de outros notáveis adereços de cabeça como os usados por Carmem. As donas? Ninguém menos que a inspiração atual de estilo Sarah Jessica Parker e a Princesa Beatrice.

Sarah compareceu a pré-estréia de Sex and the City, o filme fashion sensação, com um vestido McQueen e chapéu-instalação de Philip Treacey causando admiração e repúdio. Já Beatrice esteve sábado no casamento real de Peter Phillips e Autumn Kelly em Windsor seguindo o mesmo estilo McQueen+Treacy, com um “chapéu” tão majestoso quanto o de Parker.

Qual o saldo das produções?

sexta-feira, 16 de maio de 2008

banalização do banalizado


Onde estávamos? Ah, nas cópias! Pois é, então me respondam uma pergunta fácil: Qual a marca mais copiada atualmente?

_Louis Vuitton

Certíssimo, mas o "melhor" mesmo é quando o que já é copiado vai virando cada vez mais banal.

Antes eram cópias quase perfeitas dos seus produtos, aí a logomarca da grife foi virando ícone pop e aparecendo em objetos sem sentido e nunca antes produzidos pela própria copiada. Agora, chegam aos camelôs peças que seriam inacessíveis, rebaixadas a quase nada. Exemplo? Uma sacola de TNT (tecido-não-tecido) da Vuitton.

O "made in China" vem crescendo e assustando criadores com a banalização de artigos de luxo, afinal, grifes exclusivas têm deixado de ser desejadas (como relata Dana Thomas em seu novo livro "DELUXE: Como o luxo perdeu o seu brilho").

Onde esse "vício" pela cópia vai parar ninguém sabe, o que é temido por grandes grifes de luxo é que a massificação de seus produtos acabe de vez com o conceito original.

terça-feira, 13 de maio de 2008

"Quer pagar quanto?"


Cópia é um assunto que gera intrigas no planeta fashion, aliás, nenhum criador está livre delas. Péssimo? Nem sempre.

Quando uma peça é copiada, a certeza é de que tem sido um sucesso e é desejada por um grande público, no entanto, a maioria deles não tem acesso a preços altíssimos, o resultado? Aquisição das cópias, que são mais acessíveis e de qualidade bem inferior.

O que vem acontecendo é que alguns designers norte-americanos, como Diane Von Furstenberg e Stuart Weitzman decidiram patentear suas criações e registrar seus direitos autorais para que no caso de pirataria, o responsável pague pelo crime.

Von Furstenberg, por exemplo, entrou com um processo contra a Target, devido à cópia de uma estampa que já havia registrado, depois disso, a rede teve que parar de vender as peças.
Weitzman, que está no meio de um processo contra a JCPenney por cópia de algumas fivelas e ornamentos de sapatos criados pelo designer, provavelmente ganhe o caso também, já que os acessórios foram patenteados em 2007.

O objetivo agora, que ganha o apoio do CFDA (Conselho de Estilistas norte-americano), é de evitar ter que mover processos peça por peça, assim, o projeto de lei é de “Proibição de Pirataria de Figurinos”, que cobriria toda a criação de determinado designer por até três anos, havendo multas de US$ 5 por cópia ou até 250 mil pelo plágio completo.

A nova "cópia" sensação foi feita pela Topshop, e é a de um modelo de um dos últimos desfiles da Balenciaga, um conjunto floral com estrutura de armadura. Confira!